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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O FIM DA ERA ODONE...

São 49 presidentes GREMISTAS ao longo da História de 105 Anos do nosso TRICOLOR. E destes 49 GREMISTAS que tiveram o orgulho de presidir o GRÊMIO FOOT-BALL PORTO ALEGRENSE, poucos tiveram a identificação com o clube e sua torcida do que Paulo Odone de Araújo Ribeiro, ou somente Paulo Odone. Foram oito anos à frente do GRÊMIO, sendo dividida em quatro anos em uma gestão que foi de 1987 a 1990, e mais quatro anos em uma gestão de 2005 a 2008.

Na primeira passagem pela Presidência TRICOLOR, Odone comandou de 87 a 90 um Tetracampeonato Gaúcho conquistado pelo GRÊMIO, sendo que em 85 e 86 o GRÊMIO também havia conquistado o Gauchão, se sagrando Hexacampeão Gaúcho em 1990. Mas não só de regional o Odone entendia como ganhar, e mostrou isso já na primeira edição da Copa do Brasil organizada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). De forma invicta, deixando para trás o Flamengo com direito à goleada de 6 x 1 no Estádio Olímpico, o GRÊMIO conquistou a Copa do Brasil de 1989 em cima do Sport de Recife, assegurando vaga a Libertadores da América de 1990. Com a conquista da Copa do Brasil em 1989, o GRÊMIO se credenciou a jogar com o Campeão Brasileiro daquele ano, o Vasco da Gama, num tira-teima para ver a melhor equipe do Brasil daquele ano de 1989. A competição tinha os moldes dos Supercampeonatos disputados na Europa e era promovido pela CBF. Foram dois confrontos, lá e cá, aqui no Olímpico vitória GREMISTA por 2 x 0, lá no Rio de Janeiro empate em 0 x 0. O GRÊMIO se sagrava Supercampeão Brasileiro de 1990 (esta competição teria mais duas edições feitas em 1991 e 1992). Talvez o pior momento de Paulo Odone na primeira gestão foi a Libertadores de 1990, pois faziam seis anos da última participação GREMISTA na competição em 1984, e o GRÊMIO acabou decepcionando e sendo desclassificado na 1ª fase (fase de grupos) da competição sul-americana. O próprio Odone cita esse momento como um dos piores da sua vida como dirigente, mas sempre diz que aprendeu muito com aquela desclassificação prematura.

Quando assumiu o GRÊMIO em 2004, Odone recebeu um clube falido e na Série B do Campeonato Brasileiro. Cumpriu o seu papel ao trazer o GRÊMIO de volta à Série A, mas foi além disso, levou o GRÊMIO de volta ao cenário internacional. Não conquistou grandes Títulos nesses quatro anos à frente da Presidência GREMISTA, mas resgatou junto com a torcida o orgulho de ser GREMISTA e IMORTAL!

Depois de uma gestão vitoriosa no final da década de 80, Paulo Odone muito bem poderia virar um simples conselheiro ou torcedor, daqueles que vão ao Olímpico de passeio, para torcer e quem sabe reclamar da atual gestão, sem tomar a atitude de querer ajudar efetivamente o clube. Sabedor de que tinha feito em sua gestão um GRÊMIO vitorioso e que nada poderia ser dito ao contrário, Paulo Odone tinha tudo para virar um mero torcedor. Mas isso definitivamente não combina com Paulo Odone de Araújo Ribeiro. Ao ver em 2004 o GRÊMIO se desmanchar aos cacos dia após dia, derrota após derrota, Odone se viu na obrigação de grande GREMISTA que é de abraçar o GRÊMIO e mostrar que apesar dos pesares, eu irei pegar essa batata assando e levar o GRÊMIO novamente ao seu local de origem. Ao mesmo tempo que muitos que o conheciam o achacam louco de querer manchar quem sabe seu nome já vitorioso na gestão de 87 a 90 por pegar um GRÊMIO falido e humilhado à Segunda Divisão, sabiam que somente aquele dirigente, somente Paulo Odone poderia com seu discurso, seu entusiasmo, e sua competência devolver o GRÊMIO ao seu local de origem. A partir daí, a confiança de que 2005 poderia ser o ano da Redenção estava cada vez maior entre a torcida TRICOLOR.

O ano de 2005 começou e os problemas eram maiores do que se imaginava. Não haviam jogadores para entrar em campo, não existia dinheiro para contratar, e não existia perspectiva de que investimentos chegassem ao Olímpico. O Campeonato Gaúcho e a Copa do Brasil ficaram para trás, numa demonstração clara que o ano era de Série B, e smomente nesta competição o GRÊMIo teria que medir esforços. Sai o técnico Hugo De León, Ídolo GREMISTA que não fazia boa campanha à frente do GRÊMIO como técnico, e entra o até então pouco conhecido técnico do Caxias, Mano Menezes, talvez o maior acerto daquele ano e dos outros anos da gestão de Paulo Odone. Aos poucos a equipe favorita a cair para a Série C, vira a equipe "copeira", raçuda, de uma torcida incomparável, que aos tranos e barrancos passa a vencer e se aproximar cada vez mais do seu objetico: retornar à Série A. E após passar pela 1ª Fase e pelo Quadrangular Semifinal, o GRÊMIO chega no último e derradeiro Quadrangular Final da Série B. Restavam seis jogos para o sonho se tornar realidade após um ano difícil demais!

De forma invicta no Quadrangular Final, vencendo três e empatando outras duas, o TRICOLOR chegava ao Estádio dos Aflitos, em Recife precisando de penas um empate para retornar à Série A. Tarefa fácil? Não mesmo. Todos vocês sabem o que aconteceu. Pênalti para o Naútico, invasão de gramado de Odone e Cacalo, ameaças de abandonar o campo, e a decisão do presidente para deixar cobrar o pênalti e acreditar na IMORTALIDADE, em Milagre com 7 jogadores em campo, e principalmente na frieza de Galatto. Nada como um presidente experiente e sortudo (para não dizer outra coisa), Galatto defende o pênalti para loucura de Odone e tantos GREMISTAS. Mas tinha mais, enquanto Odone lamentava para uma rádio tudo o que estava ocorrendo naquela hora, naquela partida dos Aflitos, eis que entra na área o guri, e o nosso presidente narra o gol de Anderson, o gol da Redenção e do Título da Série B! Pois é Odone, tu sempre será lembrado como um grande dirigente, não narrador!

Após o regresso à Serie A de forma INACREDITÁVEL, o ano de 2006 bate a porta e o GRÊMIO volta a respirar ares mais tranqüilos, não por muito tempo. Apesar da vontade e planejamento de Odone para o GRÊMIO buscar a Copa do Brasil, o desejo esbara no 15 de Novembro em pleno Olímpico nos pênaltis. Com isso, o negócio era mirar o Gauchão como preparação ao Brasileirão daquele ano. E o Gauchão é conquistado em cima do Internacional, em pleno Beira Rio, e como o GREMISTA gosta, com o regulamento debaixo do braço. Mais uma vez, Odone conquistava o Campeonato Gaúcho. Era vez de encarar o Brasileiro, campeonato que mais uma vez o GRÊMIO entrava, de acordo com a imprensa na época, para lutar contra o rebaixamento. O começo é mesmo preocupante, mas aí vem a Copa do Mundo, um mês de treinamentos, nova pré-tempoarada, e quando o Brasileirão volta a ser disputado, o GRÊMIO engrena e passa a até pensar em Título. A cada jogo o Olímpico reflete a boa a fase e otimismo do torcedor com o seu GRÊMIO mais do que nunca PELEADOR e IMORTAL. Paulo Odone se consagra naquele ano, levando o GRÊMIO a mais uma Libertadores da América como terceira melhor equipe do Brasil, nada mau para quem iria cair.

No último jogo do Campeonato Brasileiro de 2008, após a vitória sobre o Atlético Mineiro e a confirmação do Vice-Campeonato, Paulo Odone vai até o gramado do Monumental e com muita emoção agradece e dá um adeus a aquela torcida que tanto o apoiou durante esta jornada de quatro anos, e que naquele momento fazia um último pedido ao presidente Paulo Odone: "...FICA! FICA! FICA!...".

Vem 2007, e a torcida que vive de loucura se prepara para a Libertadores. Era o GRÊMIO mais uma vez lutando contra os críticos que o apontavam como uma equipe mediana incapaz de assustar. Mais uma vez Odone levantava um Gauchão, seu sexto Título Regional, com dose de IMORTALIDADE nas semifinais sobre o Caxias e pura tranqüilidade na final contra o Juventude. E a Libertadores começava com um GRÊMIO empolgante no Paraguai e deprimente na Colômbia. Mas aos trancos e barrancos, na última partida da Fase de Grupos, o GRÊMIO se classifica faltando 15 minutos para o fim da partida, fazendo 1 x 0 sobre o Cerro Porteño (PAR) para explodir o Monumental. Depois disso veio o mata-mata, DEUS salve o mata-mata. Ali não existe superioridade, todos são iguais, e ali o GRÊMIO é Rei! São Paulo, Defensor e Santos que o digam. Mas daí numa final de Libertadores o GRÊMIO esbarra num Rei momentaneamente maior, o Boca Juniors, e o sonho do TRI da América é adiado. Vem o Brasileirão, e o GRÊMIO decepciona nas últimas rodadas e não se classifica para a Libertadores de 2008.

O último ano da gestão Odone chega, e com muitas novidades. O até então técnico Mano Menezes já havia cumprido sua parcela de contribuição ao GRÊMIO, e partiu para vôos maiores. Mais uma vez o GRÊMIO se renova, praticamente todo time é contratado. Um dos problemas da gestão Odone do início ao fim, não ter continuidade de uma base titular, a cada ano a procura de jogadores titulares era entediante para nós torcedores. Técnico novo, Vágner Mancini, por pouco tempo. Basta ele querer colocar o GRÊMIO à frente, mais ofensivo do que o normal, para a diretoria mesmo com ele invicto, dizer tchau para Mancini. Chega o contestado Celso Roth. E com ele à frente do GRÊMIO, a torcida vê um futuro promissor da equipe ir por água abaixo. As desclassificações no Gauchão e na Copa do Brasil, para Odone ser criticado por ter contratado Celso Roth. O diretor de futebol Paulo Pelaipe, desde o início na gestão Odone, sai para dar lugar a André Krieger, e a primeira missão do novo diretor de futebol é decidir o futuro de Celso Roth. Ele decide que o técnico fica. "Como parte da humilhação", o GRÊMIO é obrigado a realizar amistosos e treinar durante pouco mais de um mês antes de começar o Brasileiro.

O que esperar do GRÊMIO no Campeonato Brasileiro? Não muita coisa no início, mas aos poucos o contestado time passa a fazer uma campanha vitoriosa. O sonho de conquistar o TRi do Brasileiro fica viva. No 1° turno fomos os melhores, porém no 2° turno vimos que fomos iludidos. Aos poucos a Taça vai escapando das nossas mãos, e a chance de um grande Título para coroar a gestão de Odone vai pelo ralo. Culpados, todos um pouco. Um alento, a classificação para a Libertadores 2009.

Foram quatro anos de altos e baixos, mais altos na minha opinião. O resgate do orgulho GREMISTA foi alcançado, a IMORTALIDADE foi colocada à prova em diversos momentos e provou existir mesmo. O mais importante, o resgate financeiro da equipe dá uma perspectiva de um bom futuro ao futebol do GRÊMIO. As Categorias de Base, antes nada valorizadas, passou a ser mais um dos diversos motivos de orgulho desta direção presidida por Odone. Hoje contamos com os Campeões Brasileiros Sub-20, conquistado no último domingo, fechando a Presidência de Odone com Chave de Ouro. O Projeto Arena, sonhado, idealizado, pensado e que hoje já é uma realidade, partiu desta direção. Não podemos ressaltar que a torcida, o número de sócios e a visibilidade da Geral do GRÊMIO e seu modo revolucionário de torcer no Brasil, se solidificou nesta direção vitoriosa de Paulo Odone.

Alguns problemas nesta segunda passagem de Paulo Odone na Presidência do GRÊMIO? Sim, algumas. Mas são os acertos que nós devemos ver, acertos esses que podem fazer de Duda Kroeff mais um grande vencedor na Presidência TRICOLOR, quem sabe já Campeão da América. Odone deu ao GRÊMIO e à sua torcida nova vida, uma vida onde tudo é possível, e que sigamos com essa convicção para sempre! O GRÊMIO É IMORTAL! Parabéns Odone, e obrigado por tudo!

...E O COMEÇO DA ERA KROEFF

O presidente que tomou posse ontem à noite, é o 50° presidente GREMISTA da História. E Duda Kroeff irá presidir o GRÊMIO 50 anos após o seu pai, o ex-presidente e Patrono GREMISTA Fernando Kroeff, e além disso a Libertadores terá a sua 50ª edição em 2009, e o GRÊMIO estará nela. O que o númeuro 50 tem a ver com isso? Não sei, mas é um dado interessante, curioso, mas deve ser somente uma coincidência feliz.

Não há muito o que dizer de Duda Kroeff, ele é o filho de Patrono, praticamente nasceu no Estádio Olímpico, com certeza se trata de um grande sonho pessoal de Kroeff ser o presidente do GRÊMIO. Bem diferente do que ocorreu com Paulo Odone, Duda Kroeff recebe um GRÊMIO com as principais contas em dia, com um trabalho bem feito quanto a administração de finanças, administração do futebol, crescimento do Quadro Social, e desenvolvimento e investimento no patrimônio do clube.

Com a permanência de André Krieger à frente do futebol, e o técnico sendo o mesmo do ano passado, adicionando um grupo, uma base de 2008 que permanece, pouca coisa muda sob o aspecto do futebol para 2009. A busca pelo TRI da América é o grande objetivo, contratações já foram feitas ambicionando isso, e outras também serão fechadas, dando ao GRÊMIO já na pré-temporada em Bneto Gonçalves a real perspectiva do que será o GRÊMIO de 2009, que irá lutar pela reconquista da Libertadores da América.

Ao contrário de Odone em 2004, Duda Kroeff recebe o GRÊMIO de 2008 para 2009 com finanças praticamente em dia, meio time já formado e com uma Libertadores batendo a porta. Vamos lá Kroeff, estamos juntos nessa parada! Força GRÊMIO hey!

Se o futebol terá continuidade com André Krieger, Celso Roth e Cia., o Conselho de Administração tem novos nomes. A maioria com experiência em administração de negócios, pessoas que conhecem muito bem o mercado financeiro, pessoas capacitadas para dar ao GRÊMIO melhores perspectivas do ponto de vista de finanças. A vontade de Duda Kroeff com essa nominata experiente em negócios financeiros, como o engenheiro e empresário Flávio Paiva, os economistas Irany Sant'Ana Jr. e Mauro Knijnick, mais o administrador de empresas Marcos Hermann, é conseguir no menor tempo possível quitar as dívidas do clube. Esse nomes da direitoria trabalharão para buscar planos, investidores e alternativas para o GRÊMIO ter em pouco tempo um clube com maior poder de investimento de jogadores, sem precisar diretamente de vendas de jogadores da Base TRICOLOR.

Como Duda Kroeff falou em campanha, e em entrevistas pós eleição, e ressaltou isso na posse realizada ontem, ele quer profissionalizar a administração do clube, não deixando de investir no futebol. Se em campo teremos continuidade no trabalho, no Conselho Administrativo do clube teremos perspectivas de crescer financeiramente.

E eras isso, Duda Kroeff chega a Presidência do GRÊMIO com grandes chances de em seu primeiro ano se sagrar Campeão da América, e conseqüentemente Campeão do Mundo. É isso que esperamos de você e de seus companheiros de diretoria, Duda Kroeff, um time forte dentro de campo, e um clube bem administrado fora dele. Boa sorte Duda Kroeff! Que você tenha a mesma sorte de Fábio Koff e nos leve ao topo do Mundo. Aliás, se tirarmos o "R" e o "E" do nome de Duda, ficará "KOFF". Que isso seja um bom sinal. Seja bem vindo Duda!

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