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domingo, 8 de fevereiro de 2009

GAUCHÃO 2009: GRÊMIO 1 x 2 Internacional

Foto:Daniel Marenco
Aos 7 minutos do 2° tempo, o técnico Celso Roth trocou o volante Diogo pelo atacante Jonas. Aos 16 minutos, Jonas empatou a partida. Aos 30 minutos, Jonas virou o placar, mas o gol foi erroneamente anulado. Conclusão: ah, se o Jonas tivesse começado o jogo!

Perdemos para quem? Para nós mesmos? Para a arbitragem? Para o adversário? Se formos analisar friamente, lance a lance do Clássico GRE-nal disputado em Erechim, no Estádio Colosso da Lagoa lotado, metade AZUL, metade vermelha, num clima e ambiente de paz, veremos que perdemos para nós mesmos, perdemos para arbitragem, e ainda perdemos pelas virtudes do adversário.

1°) Perdemos para nós mesmos: no esquema 3-6-1, onde o meio campo é povoado por 6 jogadores logicamente, a equipe ganha com posse de bola, não é muita surpreendida pelo adversário por isso, e cria mais chances de evoluir ao ataque com peças surpresas, vindas de trás. É um bom esquema, funcionou bem ontem, mas funcionaria bem melhor se nós tivéssemos feito um gol, e não levado um. Mas quis o destino, quando o jogo estava no aquecimento, bola aérea para a área GREMISTA e gol contra de William Magrão, creditado por "boa ação" do juiz ao argentino D'Al"encrenca"ssandro. Aquele papo do nosso capitão Tcheco, que a atenção teria que ser redobrada com a bola aérea do adversário foi levada muito a sério pelo volante TRICOLOR, que preferiu colocar a cabeça na bola sem saber cabecear. Vai que dá certo? Mas não deu. Inter 1 x 0. Poucos minutos após o gol colorado, já se via a superioridade GREMISTA na partida, podemos dizer que era obrigação da equipe de Celso Roth, mas foi bem mais do que isso. O Inter se defendia no seu campo, tentava longos contra ataques, mas a zaga GREMISTA na base da força (às vezes excessiva) conseguia neutralizar o ataque adversário. Foi um dia onde o lateral Ruy ficou tímido, e o antes tímido Fábio Santos ficou ousado. Foram três chutes à gol, num o goleiro colorado se esticou e conseguiu espalmar a bola que ia no ângulo. Bom jogo do antes lateral, ontem ala. A combinação do meia Souza com o lateral esquerdo Fábio Santos estava ditando o ritmo do jogo. Souza esteve inspirado no 1° tempo, dribles rápidos e chutes perigosos. Mas o TRICOLOR do 1° tempo foi de muitos chutes de longa distância, mas poucas chances claras de gol. Foi visível a necessidade de ajuda no ataque, de gente que finalizasse à gol, que fizesse gol, ao fim da 1ª etapa.

Mesmo sendo visível a falta de companhia para Alex Mineiro, o GRÊMIO de Celso Rith voltou para a 2ª etapa com a mesma equipe. Roth deve ter pensado que com uma palavrinha no intervalo ajeitaria a coisa, mas não ajeitou. O GRÊMIO continuava em cima, mesmo tendo levado alguns contra ataques perigosos do Internacional, obrigando a boas defesas do melhor goleiro do Brasil, Victor. Em menos de 10 minutos, Roth chamou o atacante Jonas. Agora eu pergunto: "porque desperdiçar 7 minutos sem o Jonas em campo? O que ele viu de diferente em 7 minutos desde a volta do intervalo para trocar a equipe?". Coisas de Celso Juarez Roth. Para a entrada de Jonas, saiu Diogo, bom volante (teve pouco o que fazer no 1° tempo) mas desnecessário naquelas alturas do jogo. Bastou minutos em campo para que Jonas criasse junto com o restante da equipe chances claras de gol. Aquela bola que "beijou a trave" no chute de Fábio Santos aconteceu graças a movimentação de Alex Mineiro e Jonas na área do Inter, sem marcação alguma no lateral GREMISTA. Aos 16 minutos enfim, na pressão em busca do empate, erro do zagueiro colorado, boa percepção, rapidez e velocidade do lateral (até então sumido) Ruy, bola limpa para o atacante Jonas (9 minutos em campo). Ele só teve o trabalho de dominar e empurrar para as redes. Comemoração absoluta de Jonas e toda a metade AZUL do Colosso da Lagoa. GRÊMIO 1 x 1.

2°) Perdemos para a arbitragem: quis o destino, mais conhecido como FGF (Federação Gaúcha de Futebol), escalar o árbitro Carlos Eugênio Simon para o primeiro Clássico GRE-nal do ano. Quando foi escalado, Roth chegou a dizer que Carlos Simon dispensava comentários, e eu mesmo na sexta-feira disse aqui no Blog que ele era uma certeza de arbitragem mais correta. Ledo engano. Simon não marcava faltas claras na risca da grande área, fazia o sinal para o jogo seguir, cartões amarelos nem pensar, somente papo furado de advertências. Mas o que ficou marcado na arbitragem de Carlos Simon foi o erro de seu auxiliar. Não podemos crucificar somente o árbitro num lance destes, mas ele também tem culpa junto com o auxiliar. Ou vai querer tirar o corpo fora? Jogada de Souza, lançamento na medida para Jonas, zaga colorada parada, e o auxiliar levanta a bandeirinha erroneamente. A partida estava 1 x 1, se o auxiliar não tivesse cometido este equívoco, era o gol da vitória GREMISTA por 2 x 1, dois gols de Jonas. Mas não foi!

3°) Perdemos pelas virtudes do adversário: o jogo se encaminhava para o seu final, provavelmente de empate. O GRÊMIO cadenciava o jogo, tinha mais posse de bola e continuava a buscar com mais ímpeto a vitória. Falta para o GRÊMIO, e o erro do melhor jogador da partida. Souza vai para a cobrança, chuta mal na barreira, ela amortece e o Inter num rápido contra ataque de 9 segundos, liquida a partida. Gol de Nilmar, vitória do Inter por 2 x 1. Foi a velocidade de Taison e Nilmar que acabou com o Clássico, virtude "deles".

> Conclusões:
o GRÊMIO está "capenga". O zagueiro Leo e o volante William Magrão estão em má fase, não deveriam estar em campo jogando. No 3-5-2 temos que ter três zagueiros, mas só temos dois atualmente, Réver e Rafael Marques, já o zaqueiro Leo está deixando a desejar na posição. É preciso saber o que se passa com este bom jogador. Já William Magrão perdeu a ousadia e velocidade que marcou sua atuação ano passado, e ainda por cima erra passes, não vai bem na marcação e anda fazendo gol contra. Acho que é o fim do 3-6-1, sua utilização daqui para frente será em última hipótese. O 3-5-2 é o esquema ideal, e que dá certo realmente, tanto defensivamente quanto ofensivamente, mas não é essencial e único que funciona. Gostaria de ver o TRICOLOR jogar com o velho e básico 4-4-2, pois teriamos a segurança de dois volantes à frente da zaga, e continuaríamos com os dois meias livres à frente dos volantes. Não é necessário termos dois alas ofensivos como no 3-5-2. Ontem vimos que quando Fábio Santos ataca, Ruy fica, foi assim em todo jogo, e era assim em jogos passados, só invertia os jogadores, Ruy partia, Fábio Santoa ficava. No 4-4-2 tudo funcionaria da mesma forma, um fica, o outro parte. É só questão de trabalho e entrosamento. Mas não sei se Roth quer mudar.


Agora vem o Juventude, quinta-feira, no Olímpico. Depois de duas derrotas, temos que vencer, é obrigação! Estamos a pouco mais de 15 dias da estreia na Libertadores, no dia 25 de fevereiro, frenbte ao Universidad de Chile (CHI), no Estádio Olímpico. Precisamos chegar lá em boa fase, e no embalo de vitórias! Dá-lhe GRÊMIO, e tenhamos em mente que quem ri por último, ri melhor!


Ficha do Jogo:

GRÊMIO - 1 : Victor, Leo, Réver, Rafael Marques, Ruy, Diogo (Jonas), William Magrão (Adílson), Tcheco, Souza, Fábio Santos, Alex Mineiro (Reinaldo). Técnico: Celso Roth.

Internacional - 2 : Lauro, Danilo Silva, Índio, Álvaro, Marcão, Magrão, Guiñazu, Taison, D'Alessandro (Kleber), Alex (Andrezinho) e Nilmar (Danny Morais). Técnico: Tite.

Estádio Colosso da Lagoa (Veranópolis - RS)

Público e Renda: não divulgados

Gols: Jonas, aos 16 minutos do 2° tempo (GRÊMIO), D'Alessandro, aos 3 minutos do 1° tempo, e Nilmar, aos 37 minutos do 2° tempo (Internacional).

Cartões amarelos: Diogo, Réver, Willian Magrão, Adilson (G), D'Alessandro, Marcão (Internacional).

Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS).
Auxiliares: Marcelo Barison (RS) e Paulo Ricardo Conceição (RS).

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