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domingo, 31 de janeiro de 2010

GAUCHÃO 2010: GRÊMIO 0 x 1 Internacional

Fotos: Fernando Gomes/ClicRBS
O Haiti é aqui. De Erechim à Azenha. Basta um GRE-nal para se fazer terra arrasada. Gol aos 34 minutos do 2° tempo, num lance de sorte do atacante Edu e um duro golpe na tranquilidade aplicado por Alecsandro. Fim de jogo, e ao fundo se ouve os murmúrios dos Gremistas. Eles vão de "Silas não presta", passam por "não temos esquema, cara de time", e chegam à "direção é fraca, azarada".

Clássico é assim. Quando se ganha, as qualidades serão enaltecidas ou 'não fazem mais do que a obrigação'. Já na derrota, as fragilidades e os erros não são igonorados (nem poderiam), mas passam a ser a única questão a ser analisada. Quem viu (bem) o jogo, deve ter visto as virtudes da equipe treinada por Silas. Mas lógico, aquele gol no canto de Victor contribuiu para o esquecimento (quase) geral.

Difícil imaginar um GRE-nal onde uma equipe seja muito superior à outra. O normal é o equilíbrio, o jogo sendo decidido no detalhe. A máxima 'ganhará quem errar menos' cai como uma luva na definição deste Clássico.

Antes da partida fomos surpreendidos com Joílson e Lúcio, escalados por Silas para começar a partida. O excluído virava titular para um GRE-nal, e o antes 'incoerente' entrava na vaga do 'coerente' Fábio Santos.

- 1° tempo: o esquema deu certo no começo. Com Lúcio preocupando pela esquerda o adversário, e fechando pela direita a marcação com Joílson, o Inter se viu obrigado a trabalhar a bola pelo meio-campo, explorando os lados somente com Taison, marcado por Mário Fernandes. O que faltou ao Grêmio, e permaneceu até o final, foi presença de ataque. Nem Jonas, vindo buscar a bola, nem Borges, no meio da zaga adversária, conseguiram se livrar e chegar ao gol de Lauro. No meio-campo Adílson conseguiu ter mais presença ofensiva (tímida), com Ferdinando forte na marcação. Quando chegou ao ataque, o volante arriscou um chute à gol. Souza prendeu, como de costume, a bola demais. Seus dribles de vai e volta em cima da marcação já estão mais do que sacadas pelos adversários. Objetividade seria importante para Souza. Poucas chances para marcar, assim como o adversário que assustou mais, mas não marcou.

- 2° tempo: a etapa complementar continuou parelha. Mas foi o Inter que ganhou espaços, principalmente após a saída de Jonas. O gol aos 34 minutos para o Inter, piorou a situação. As substituições barraram a reação. Faltou ataque.

Silas errou, falhou de novo e acabou por fazer uma pataquada ao final. Foram três substituições realizadas, nenhum efeito surtido. Talvez até surtiram, mas para o lado errado.

- 1ª substituição: por mais que Jonas não estivesse nos seus melhores dias, o que justificou em parte sua saída, trocar atacante por um meia (mesmo que seja um meia-atacante como Hugo) é chamar adversário para o seu campo na minha avaliação. Foi o que aconteceu. Jonas saiu, o Inter avançou a marcação e passou a tomar conta do jogo.

- 2ª substituição: entendi a intenção de Silas. Ao retirar Adílson por Maylson ele queria dar ao time mais poder ofensivo. Adílson atua recuado, Maylson avançado. Com um gol atrás no placar, ele tentou com o que tinha disponível.

- 3ª substituição: só que aí veio o problema. Souza teve que ser substituído. Quem entraria? Silas olhou para o banco e viu Fernando como alternativa mais ofensiva. Um volante para saída de um meia. Tudo se complicou.

O erro de comunicação técnico/médico foi um agravante, mas não determinante para o resultado. Não pode se repetir, como também não pode ser alardeado como se tem feito. Por imprensa e torcedores.

Marcelo Grohe, Saimon, Fábio Santos, Fábio Rochemback, Fernando, Hugo e Maylson. Esse era o banco de reservas do Grêmio. Sem nenhuma alternativa de ataque. O detalhe é ter três volantes de origem, até Maylson que hoje é mais meia. Não aprovo isso. Bérgson viajou à Erechim, mas sobrou e ficou de fora do banco. Outra alternativa seria Mithyuê, mas esse nem viajou. É um erro ir para um GRE-nal sem opções para mudar a perspectiva de jogo, ainda mais quando se aposta em Hugo - bom jogador, mas sonolento...


Tudo isso poderia ter sido amenizado. Bastava Maylson acertar as redes no último segundo de jogo, e não a quina das traves.

Nesta quarta-feira o Grêmio enfrenta o São Luiz de Ijuí. O horário é 'convidativo', começa às 17h no Olímpico. Será que lotará o estádio? Aposto que será preciso chegar mais cedo e garantir um bom lugar. Alguém da TV detentora dos direitos de transmissão acha que vale à pena vender Pay-Per-View para um jogo essa hora da tarde? Ninguém trabalha não? De qualquer forma, provavelmente estarei lá. Vida de estagiário do turno da manhã tem lá suas vantagens.

Vale lembrar que o adversário é líder da Chave 2, oportunidade boa para jogar bem e rebater críticas. Ou não.

Vamos Grêmio!

Ficha do Jogo - 5ª Rodada - Taça Fernando Carvalho - Gauchão 2010

Grêmio - 0 : Victor, Ferdinando, Réver, Rafael Marques, Fábio Santos (Lúcio), Adílson, Souza, Hugo (Túlio), Leandro, Jonas (Maylson) e Borges. Técnico: Silas.

Internacional - 1 : Lauro, Bolívar, Índio, Fabiano Eller, Nei (Bruno Silva), Guiñazu, Sandro, Giuliano (Andrezinho), Kléber, Taison (Edu) e Alecsandro. Técnico: Jorge Fossati.

Estádio Colosso da Lagoa (Erechim - RS)

Público e Renda: não divulgados

Gols: Alecsandro, aos 34 minutos do 2° tempo (Internacional).

Cartões Amarelos: Nei, Sandro e Guiñazu (Internacional).

Árbitro: Leandro Vuaden (RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Marcelo Oliveira (RS).

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