FACA DE DOIS GUMES

Um chega, outro sai.

Já tínhamos que ter nos acostumado com essa nova 'velha' cara do futebol mundial. Porém, não nos acostumamos.

Foto: Valdir Friolin/ClicRBS
A indignação pela perda de um dos melhores zagueiros do Brasil por míseros 5 milhões de euros faz parte - compartilho dela.

Como faz parte (e já fizemos anteriormente) tocar o barco. Traremos um zagueiro, 'esqueceremos' Réver e a temporada seguirá seu curso.

Sentimentalismos no futebol já tiveram seus dias. E acabaram.

Foto: Richard Souza/GloboEsporte.com
Por outro lado chegou Douglas - aqui e aqui. Um investimento alto, com a compra de 100% dos seus direitos junto ao Al Wasl, dos Emirados Árabes.

Um armador que nos faltava após a saída de Tcheco. Menos voluntarioso na marcação do que nosso ex-capitão. Entretanto, mais presente do meio para o ataque. Um meia que cadencia o jogo, mas sem atrasá-lo.

Uma dor de cabeça para o Silas, como também para o Souza.

[Por mais que desenhem Douglas e Hugo brigando por posição, não considero que aconteça isso. Douglas brigará por vaga com Souza, ambos jogadores centralizados. Hugo joga aberto pela esquerda apoiando o ataque. Creio que essa avaliação por parte da imprensa tenha justificativa somente por Douglas e Hugo serem canhotos. E o temor de que a meia-cancha fique torta.

Isso pode até se materializar em campo, mas duvido. Com Douglas centralizado, respaldado por dois volantes (esquema 4-4-2), o Grêmio jogaria com Hugo pela esquerda e Leandro sendo um falso-ponteiro (atacante) fechando pela direita. Na minha avaliação o mesmo esquema de Mano Menezes no Corinthians, só que lá com dois atacantes de ofício com um meia armador vindo de trás. Deu certo, e por um bom tempo com o próprio Douglas que chegou hoje à Porto Alegre.]