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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

GAUCHÃO 2010: GRÊMIO 1 x 1 São Luiz de Ijuí

Céu azul, calor de 41° e 'grande' público.

O calor é tanto em Porto Alegre, que não me permitiu publicar o post antes desta sexta-feira à tarde (apesar de estar publicado como sendo da quarta-feira). Meu computador desmaiou algumas vezes como um Batista, em razão da (acho eu) alta temperatura. Está aí, atrasado mas à tempo.

Poderia ter valido à pena tomar caminho do Olímpico, debaixo de um sol escaldante de 41° C, em plena tarde de quarta-feira, para assistir o ‘grande’ embate entre o líder da Chave 1 contra o da Chave 2. Bastava a vitória do Grêmio sobre o São Luiz, com uma convincente (ou nem tanto) atuação.

Se esqueceria o calor sufocante do final de tarde, o horário incomum para dia útil de semana, a derrota no GRE-nal… A torcida ainda não esqueceu, pelo menos a maioria dos quatro mil e alguma coisa que foram à campo.

Mas não. Foi um empate medonho proveniente de uma má atuação em um dia sufocante que não valeu a ida ao Olímpico com certeza.

Estava insuportável assistir ao jogo na sombra do Monumental – e como tinha sombra e lugar de sobra -, estava difícil até comentar a partida nas cabines de imprensa e provavelmente, repito: provavelmente, jogar com aquele sol na cabeça devia estar bem complicado.


Por já ter passado muito tempo do jogo, alguns destaques somente.

Adílson e Hugo: ir para um jogo já sabendo quem vai substituir é no mínimo estranho. Mas foi isso que Silas deixou meio que claro na entrevista pós-jogo. O técnico deu a entender que escalou o banco de reservas sob a análise de que os dois jogadores, um com dores na lombar e o outro com febre, teriam que ser substituídos. Não seria mais fácil poupar ambos, colocar dois jogadores 100% na partida e ter outras opções na casamata?

O craque do jogo: Mário Fernandes.

Mário Fernandes: já cansei de falar bem das atuações de Victor. Se tornou repetitivo e chato. Agora o zagueiro/lateral está indo pelo mesmo caminho. Mário Fernandes dá gosto de ver jogar. Tem o ímpeto na defesa e ousadia no ataque que faltam a outros jogadores. Pena ter se esgotado fisicamente no melhor momento do conjunto gremista. Já que no seu melhor momento, a equipe estava mal.

3-5-2 e 4-4-2: a variação do esquema foi benéfico ao Grêmio. Com problemas no meio-campo, a etapa inicial ficou comprometida. As jogadas aconteceram, mas todas através das laterais, ora Lúcio pela esquerda abrindo espaço com os atacantes, e ora pela direita com Joílson e Mário Fernandes se alternando. O meio-campo estava anulado com um Hugo sem condições físicas de jogo, que suportou até os 20 minutos do 2° tempo, mas que não conseguiu jogar nada durante este tempo.

Com novo esquema, dando uma peça a mais ao meio-campo articular as jogadas, sendo dois abertos, Hugo (depois Lúcio) e Maylson, o Grêmio melhorou. Pela direita, Mário Fernandes foi perigoso até quando deu, depois o físico sucumbiu. Aquela jogada que resultou no chute de Borges na trave foi a melhor do jogo. Depois foi Maylson e Fábio Rochemback ditando os avanços e os cruzamentos para a área. A insistência deu resultado no gol de Borges. E poderia ter dado em outros momentos.

O insuperável perdedor de gols quando quer: Jonas.

Jonas: ô incógnita maldita esse atacante, viu! Jonas faz o torcedor o idolatrar e o odiar de uma partida à outra. Os gols perdidos por ele no jogo são dignos de jogador comum. Tem jogo que nós queremos sua renovação. Tem outros, que queremos que “vá pro diabo que te carregue”.

Maylson: desde o ano passado ele vem aproveitando suas chances. Não sei se para titularidade, mas joga para ser o 12° titular. Deu o cruzamento que resultou no gol.

Borges: errou um gol feito, acertou logo depois. Se redimiu. Marcou seu quarto gol em quatro jogos, empatando com Jonas na artilharia da temporada. Detalhe: o gol foi de cabeça. Contra Pelotas e Santa Cruz havia mostrado técnica de centroavante, ao girar sobre a marcação. Contra o Caxias mostrou oportunismo dentro da área. Conclusão: faz gol da forma que for.

Errou uma baita chance, mas se redimiu ao acertar outra: Borges.

Em tempos de Carnaval, o ‘Rei Momo’, quer dizer ‘Ronaldo’, digo Fábio Rochemback, deu o ar de sua graça no calor de 40°. Entrou bem, mas o físico ainda o impede de render mais. No momento em que ele se agachou para pegar uma bola para cobrar escanteio, pensei: “ele não vai conseguir se erguer novamente”. Conseguiu com a ajuda da mão, senão caía. Paixão, põe o ‘Gordo’ a correr! ‘Fininho’, é uma alternativa de qualidade na meia-cancha.

Zaga: a falta de antecipação na marcação combinada com desatenção, dá nisso: oito gols sofridos em seis jogos. A marcação feita à distância, sempre após uma perda de bola na meia-cancha, é o que está deixando a zaga vulnerável. Desde o começo do campeonato, há uma distância entre zaga e ataque. A zaga não sobe a marcação e encurta os espaços quando a equipe ataca, transformando o contra-ataque dos adversários uma arma letal literalmente.

Difícil ficar parado na sombra, imagina jogar debaixo do sol. Em Canoas é pior, haja água.

Universidade: o confronto neste domingo é contra a ex-Ulbra. Provável estreia de Douglas no meio-campo, que deve começar na reserva. Ainda se espera a definição de Silas, mas o esquema na partida deve ser o 4-4-2. Jogo para ver, provavelmente, Saimon e Maylson atuando desde o início. O jogo está marcado para às 17h, é jogo da TV e deve acontecer neste horário mesmo, independente do atraso na reclamação do Sindicato dos Jogadores Profissionais do RS e a sua consequente liminar que proíbe jogos entre 10h e 18h.

PÓS-POST: não é que o jogo foi remarcado para às 19h e até segunda ordem não teremos Gauchão aos domingos na TV aberta. Quer dizer, teremos na TVCOM - é o que diz notícia publicada no ClicRBS. Nos sites da RBS TV e TVCOM não há ainda confirmação de mudanças na grade de programação, mas na afiliada da Rede Globo às 17h deve ser transmitido o Campeonato Paulista.

Vamos pro jogo, com sol de 40° na cabeça, para vencer! Precisamos. Dá-lhe Grêmio!

Ficha do Jogo – 6ª Rodada – Taça Fernando Carvalho – Gauchão 2010


Grêmio - 1 : Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques, Maurício, Joílson (Maylson), Ferdinando, Adílson (Fábio Rochemback), Hugo (Fábio Santos), Lúcio, Jonas e Borges. Técnico: Silas.

São Luiz - 1 : Oliveira, Marcelo Oliveira, Vanderson, Bronzatti, Jonatan, Beto Fronza, Rudiero (Baiano), Jean Paulo (Nicolas), Xaro, Luciano Fonseca (Bruno Soares) e Eraldo. Técnico: Beto Campos.

Estádio Olímpico Monumental (Porto Alegre – RS)

Público Pagante: 4.170 – Público Total: 4.746 torcedores – Renda: R$ 62.132,00

Gols: Borges, aos 26 minutos do 2° tempo (Grêmio), Vanderson, aos 2 minutos do 2° tempo (São Luiz).

Cartões Amarelos: Fábio Rochemback, Maylson e Maurício (Grêmio), Bronzatti e Baiano (São Luiz).

Árbitro: Árbitro: Fabrício Corrêa (RS).
Auxiliares: Vilmar Burini (RS) e Tatiana Freitas (RS).

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