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domingo, 24 de outubro de 2010

BRASILEIRÃO 2010: GRÊMIO 2 x 2 Internacional

Olho para a tabela e não me conformo, o Grêmio de Portaluppi, humilde e soberano, não é o 4° colocado da competição. Tudo, eu disse TUDO, desenhava para o tricolor entrar no G4 e colocar o terror nos três primeiros - Fluminense, Cruzeiro e Corinthians -, não mais pensando em ir somente à Libertadores, afinal isso seria a tarefa fácil, mas pelas plenas condições de buscar o título.

O Corinthians foi o único a vencer na parte de cima da tabela. O Fluminense ficou só no empate com o Atlético Paranaense. O Cruzeiro chegou a estar sendo impiedosamente goleado pelo Atlético Mineiro, acabou derrotado por 4x3. E o Santos, tu vê como é a vida: festa para Pelé contra o lanterna Grêmio Prudente, abre 2x0 e sofre a virada dentro da Vila Belmiro. Ou seja, TUDO dava mostras que a 31ª rodada deste campeonato estava para sorrir de orelha a orelha para o Grêmio.

Para TUDO estar completo, bastava ao tricolor vencer o GRE-nal. A tarefa era "matar dois coelhos com uma cajadada só" - deixando para trás os amargos e adentrando o grupo dos postulantes ao título, declarando que "já que vocês não querem, eu fico com a taça". Bastava vencer, não vencemos.

O primeiro gol, marcado através de bola parada, por André Lima de cabeça, coroou a atuação da equipe que ganhava na defesa, no meio e no ataque. A pressão deu resultado e não parou, pois a seguir o que se viu foi um adversário desesperado e que, perdido em campo, esteve pronto para ser liquidado. Desperdiçamos o final do 1° tempo e o começo do 2°, onde fomos soberanos em todos os setores do campo. Era o momento de matar o jogo, não matamos.

Aí veio o lance infeliz, pensado em um milésimo de segundo, onde normalmente não tem lugar a sensatez e que a consequência é das piores. Escanteio cobrado na área gremista, cabeçada rumo ao gol, passa pelo goleiro Victor e quando os poucos no estádio gritavam gol, eis que surge a mão de Fábio Rochemback, de grande atuação até ali, capitão e comandante da 'barca' tricolor. Pênalti assinalado.

Porém, a pior das consequências a que me referi não era a penalidade máxima, e sim a expulsão do volante-goleiro. Pois uma coisa é sofrer o empate e seguir com força máxima em busca do desempate. Só que outra é sofrer o empate e com um jogador a menos, tentar segurar o ponto então conquistado. Existia a possibilidade de Victor, a Muralha, defender, como já pegou em alguns jogos deste campeonato, e com a vitória ainda no placar, lutar com "sangue nos olhos" para garantir o resultado como já ocorreu contra o Corinthians lá no Pacaembu. Desta vez não deu, a bola até raspou em nosso goleiro, mas entrou.

"O que será daqui para frente do jogo, meu Grêmio", pensei. "Recuar, se defender até o último minuto, sem buscar mais o ataque?", indaguei a seguir. Quatro minutos se passam e a surpresa, tabela de André Lima e Fábio Santos, repito: FÁBIO SANTOS, e o lateral entra, avança e na frente do gol chuta, com raiva, e ao ver a bola nas redes, pula a placa de publicidade, bate no peito, encara a torcida e sabedor que já vinha tendo uma performance acima da média, rara, de se elogiar, agora com um gol que poderia ser o da vitória, se sente capaz de tudo, até de mandar todo mundo tomar no *, não vi se fez, no subconsciente deve ter feito, mas não importa, hoje ele pode desabafar, assim como nós podemos aplaudí-lo, algo antes do jogo difícil de imaginar, talvez até por ele.

Só que não foi o bastante, porque por mais que o desempate tenha ocorrido, e a imortalidade tenha tido seu momento de aparecer, ainda estávamos com um jogador a menos, cansados por ter que correr por um jogador a mais. Suportamos por 14 minutos. Poderíamos ter suportado mais, assim como, novamente lembro, contra o Corinthians fora de casa. Empate em 2x2, bom pelas circunstâncias dentro de campo, ruim pelas de fora.

Mas nada de desânimo uma hora dessas. O G4 segue como objetivo mais fácil, aliado à secação contra o brasileiro que estará na final na Sul-Americana. E o G3, por mais que a diferença que era de quatro pontos tenha aumentado para seis, ainda é uma missão dentro das possibilidades e probabilidades deste campeonato, onde ninguém está tendo um desempenho ascendente por rodadas, mas sim de um eterno eletrocardiograma, com muitos altos e baixos. Na quinta-feira, 21h, mais uma decisão contra o agora líder Fluminense, no Rio de Janeiro. Jogo difícil, onde ao seu final saberemos se há limite para essa equipe de Portaluppi. Segue a luta, gremistas.

Vamos Grêmio!


Ficha do Jogo – 31ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010

Grêmio - 2 :
Victor, Gabriel, Paulão, Rafael Marques, Fábio Santos, Fábio Rochemback, Vilson, Lúcio, Douglas (Gilson), Jonas (Diego Clementino) e André Lima (Adílson). Técnico: Renato Portaluppi.

Internacional - 2 : Renan, Bolívar, Índio, Glaydson, Nei, Wilson Matias (Leandro Damião), Guiñazu, Glaydson (Rafael Sobis), D’Alessandro, Giuliano (Andrezinho), Kleber e Alecsandro. Técnico: Celso Roth.

Estádio Olímpico Monumental (Porto Alegre - RS)

Público Total: 45.234 torcedores - Renda R$ 945.528,50

Gols: André Lima, aos 36 minutos do 1º tempo, e Fábio Santos, aos 24 minutos do 2° tempo (Grêmio), Alecsandro, aos 20 minutos, e D'Alessandro, aos 38 minutos do 2º tempo (Internacional).

Cartões Amarelos: Adílson (Grêmio) e Guiñazu (Inter).
Cartão Vermelho: Fábio Rochemback (Grêmio).

Árbitro: Carlos Simon (RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Roberto Braatz (PR).

2 comentários:

heraldo disse...

NÃO COMENTAR SOBRE O NABA DO douglas,é pacaba, ô jogardozinho mercenario e chinelinho, eio batista.

Rodrigo Rodrigues disse...

Seu novo alvo é o Douglas, Heraldo? Calma, que o Souza volta na quinta-feira.

Não comentei a atuação apagada do Douglas, assim como não falei da do Jonas, do Lúcio. Escrevi uma crônica, não uma análise jogador por jogador.

Abraço.