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quarta-feira, 21 de abril de 2010

COPA DO BRASIL 2010: GRÊMIO 2 x 3 Avaí

Fotos: Flávio Neves e Ricardo Duarte/ClicRBS
Jogar mal é diferente de não jogar. Assistir ao adversário, sem esboçar comprometimento com a partida que se segue é perigoso.

Em uma competição de mata-mata, como a Copa do Brasil, é letal.

Contra o Avaí o perigo foi subtraído. Afinal, era o Grêmio de milhões contra o Avaí de milhares. E nisso o fator 'camisa' exerce força sobrenatural, e a qualidade e técnica agregada graças ao dinheiro dividem os 'grandes' dos 'pequenos'.

Assim mesmo, é flagrante o equilíbrio entre as equipes. Não há mais o 'jogo-jogado', apesar de que no caso de Grêmio e Avaí a lógica prevaleceu. Nós passamos de fase.

E as quartas-de-final que chegam na próxima semana trazem consigo um clube de tradição e de 'camisa'. Onde erros são letais e não serão perdoados. O confronto contra o Avaí ligou o sinal de alerta, é hora da equipe se concentrar nos 180 minutos.

O 1° tempo de hoje foi incompreensível. A equipe não só jogava mal, como não entrou em campo. A pressão catarinense começou desde o primeiro minuto, surtiu efeito só aos 44 minutos graças à Victor e suas defesas. Com o 1x0, o Avaí acreditava e o Grêmio sofria. A vantagem era nossa, mas a pergunta pelo que assistíamos era "até quando?". O intervalo veio em boa hora.

O 2° tempo veio para inverter o que aconteceu no Olímpico, uma semana antes. Se em Porto Alegre o 1° foi de boa atuação, o 2° de má, o contrário ocorreria em Florianópolis. Aos 9 minutos o empate com Jonas, a classificação mais perto. O Grêmio segurava mais a posse de bola, atacava e o Avaí se assanhava menos. Mesmo assim aos 27 novamente ficavámos atrás no placar. Empataríamos uma vez mais com, quem diria, Fábio Rochemback num golaço de falta.

Mas quem merecia o empate? Ninguém, o Avaí se não ganhasse soaria injusto o resultado. Enquanto o Grêmio se não perdesse teria no seu discurso algo como "não perdemos, estamos no caminho certo". O empate deixaria tudo em 'panos quentes' nas bandas do Olímpico. E isso não seria bom.

O gol da vitória avaiana aos 48 minutos da 2ª etapa, fechando o placar em 3x2, deixou tudo no seu lugar. Ao Avaí, o orgulho por ter lutado. Ao Grêmio, a certeza que o caminho rumo ao Penta segue sendo trilhado, mas há algo e muito mais a ser corrigido. Isso para ontem, bem antes dos confrontos com o Fluminense.

Victor salvou, salva e do jeito que a coisa anda, ainda terá que salvar em outras oportunidades. A zaga vai bem, o mesmo não pode-se dizer das laterais e do meio campo.

Edílson não apoia, é fato. Fábio Santos aparece muito mais vezes à frente, mesmo que sem efetividade no apoio. No segundo gol do Avaí, o flagrante que nem na marcação Edílson está lá estas coisa.

Ferdinando precisa de um companheiro na 'volância'. O Willian Magrão, de atuações irrepreensíveis em partidas anteriores, foi constrangedor hoje. Adílson também vinha mal. Quem ajudará Ferdinando?

A resposta pode ter vindo do banco, com a entrada de Fábio Rochemback, no lugar do próprio Willian Magrão. Rochemback entrou, ajudou e fez gol, e que gol! Mas há ressalvas quanto à titularidade dele. Jogou hoje bem, mas quando jogará o mesmo novamente?

Jonas marca, dia sim, outro também. Que fase do atacante, fazendo todo mundo morder a língua. Que beleza!

Silas precisa movimentar os brios dos jogadores. Passividade demais é prejuízo na certa. Futebol no Grêmio não é arte, nunca foi, nunca será. Mais força, mais garra, mais raça neste futebol. Nunca esqueça, é a tua chance professor!


Primeiro GRE-nal da decisão do Gauchão neste domingo, às 16h, no Beira Rio, depois novamente Copa do Brasil. Contra o Fluminense, primeira partida no Maracanã.
Vamos Grêmio!

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