O início do jogo não foi dos melhores. O lateral direito (improvisado) Makelele tinha dificuldades às suas costas na marcação, a zaga se atrapalhou muitas vezes na saída de bola, o meio campo não conseguia segurar a posse de bola por muito tempo e no ataque Jonas jogava recuado demais, deixando Maxi López isolado demais.
Mas aos 31 minutos do 1° tempo, uma das qualidades do GRÊMIO entrou no jogo. O atacante Jonas consegiu uma falta pela esquerda de ataque próximo da área. Na cobrança o meia Souza encontrou a cabeça de Jonas, a bola foi na trave e na sobra o zagueiro Leo cabeceou para o fundo das redes. Muita comemoração de Leo. GRÊMIO 1 x 0.
No velho Estádio Nacional, palco do Bicampeonato Mundial do Brasil e de muitas atrocidades no período do regime militar chileno do general Pinochet, centenas de torcedores GREMISTAS marcavam presença. E presenciaram uma bela vitória.
União tem sido um ingrediente a mais para as vitórias do GRÊMIO. A cada jogo este comprometimento entre os jogadores, e também com a torcida TRICOLOR, vem sendo apontado como principal motivo dos bons resultados na competição sul-americana apesar dos problemas na eliminação do Gauchão, as perdas de GRE-nais e a saída do técnico... Bem, vocês sabem de quem eu estou falando.
Na 2ª etapa, com o placar a seu favor, o GRÊMIO abdicou de atacar, a não ser em momentos esporádicos. A precaução tinha motivo, como bem analisou o técnico interino Marcelo Rospide: o Universidad tinha velocidade, posse de bola e tinha que atacar mais, enquanto que o GRÊMIO esperava matar o jogo no contra ataque. A estratégia foi boa, como se vê na comemoração entre os defensores GREMISTAS.
Os méritos são de Souza. Eram 20 minutos do 2° tempo, Fábio Santos então passou para Souza, o meia driblou com facilidade um defensor na divisória dos campos e partiu rumo ao ataque. O argentino Maxi López se mexeu bem, recebeu um passe primoroso e na saída do goleiro só chutou tirando do alcande dele. Maxi López fez o gol, mas Souza ganhou destaque. GRÊMIO 2 x 0. Não posso deixar de falar da camisa 16, na qual Maxi López em dois jogos pela Libertadores marcou 2 gols. Todos sabemos que em 95, Jardel com aquela mesma camisa fez 12 gols que ajudaram e muito na conquista do Bicampeonato da Libertadores. É esperar mais gols de López e o TRI da América conquistado. Amém!
Interessante foi ver ao fim do jogo a desolação dos jogadores do Universidad no campo e no banco de reservas, além é claro do técnico Sergio Markarían. Antes da partida eles queriam revanche, mas depois da partida vimos que o GRÊMIO fez do jogo uma revanche. O TRICOLOR comprovou a sua superioridade, passou por cima e mostrou que aquele 0 x 0 no Olímpico fazia parte do passado. Somos os melhores do Grupo 7, mesmo ainda restando mais uma partida, fizemos valer o favoritismo e a tradição. Vamos TRICOLOR! Queremos a Copa!
Ficha do Jogo:
GRÊMIO - 2 : Victor, Leo (William Thiego), Réver, Rafael Marques, Makelele, Adílson, Tcheco, Souza, Fábio Santos, Jonas (Herrera) e Maxi López (Orteman). Técnico: Marcelo Rospide (interino).
Banco de Reservas do GRÊMIO: Marcelo Grohe, William Thiego, Jadílson, Diogo, Maylson, Orteman e Herrera.
Universidad de Chile (CHI) - 0 : Miguel Pinto, Diaz, Olarra, González, Rojas, Iturra, Estrada, Contreras, Cuevas (Gomez), Hernandéz (Villalobos) e Olivera. Técnico: Sergio Markarían.
Estádio Nacional de Chile (Santiago - CHI)
Público e Renda: não divulgados
Gols: Leo, aos 31 minutos do 1° tempo, e Maxi López, aos 20 minutos do 2° tempo (GRÊMIO).
Cartões amarelos: Leo, Réver, Makelele, Tcheco e Adílson (GRÊMIO), Olivera (Universidad de Chile).
Cartão vermelho: Olivera (Universidad de Chile).
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR).
Auxiliares: Emigdio Ruiz (PAR) e Milcíades Saldívar (PAR).
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